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Você não escala o faturamento da sua empresa. Você escala o MODELO
No meu último texto, compartilhei os bastidores da minha trajetória até criar negócios bilionários. Falei sobre jornada do cliente, geração de valor, super apps, alavancagem e sobre como enxergar o jogo dos negócios além da superfície.
No final, eu disse que, por um valor simbólico de mil reais, vou disponibilizar o acesso à minha plataforma de educação empresarial: 3L Educação.
Além disso, estou criando uma comunidade de empresários, onde compartilho meus bastidores, meus negócios e, ao longo do ano, abrirei a oportunidade para os participantes visitarem os bastidores das minhas empresas. A ideia é que entendam como funciona uma operação real, e não uma encenação de vídeo para Instagram, para que você aprenda, aplique no seu negócio e gere resultado.
E mais: para alguns empreendedores dessa comunidade, vou abrir espaço para investirem comigo em novos negócios.
Para participar, é só clicar no botão abaixo:
Agora voltando, mesmo depois de tantos ensinamentos, ainda existe uma peça invisível que conecta tudo o que falei até aqui. Quem não entende essa peça está fadado a viver no jogo do “ganhar dinheiro”, e nunca no de multiplicar capital. E no final do dia, acaba sendo apenas um funcionário da própria empresa.
Essa peça chama-se: MODELOS DE NEGÓCIO.
Eu levei 12 anos para entender isso, e posso te afirmar com toda convicção: esse é o motor principal que pode fazer qualquer pessoa ficar milionária. Foi exatamente o que aconteceu comigo.
No início da minha jornada empreendedora, eu vendia desenvolvimento de sites. Era o modelo mais tradicional do mundo: eu dava o preço, entregava o serviço e recebia por isso. Sem escala, sem recorrência, sem multiplicação.
Mas tudo mudou quando comecei a desenvolver aplicativos para iPhones e Androids.
Foi aí que percebi que existiam outros modelos de monetização, muito mais inteligentes, onde eu poderia vender um app por US$1 por mês e, no volume, a mágica começava a acontecer.
Todo mês, a base crescia. Todo mês, a receita empilhava.
Mais previsibilidade, mais margem, mais liberdade.
Lembre-se: eu morava em Feira de Santana, na Bahia.
Sem acesso a comunidades de empresários.
Sem mentor.
Sem grupo de networking.
Sem ninguém para mostrar o caminho.
A única forma que eu tinha para me atualizar era consumindo conteúdo online, matérias em portais como TechCrunch, vídeos no YouTube, e muito autodidatismo.
Foi numa dessas noites de estudo que li uma notícia que mudou tudo na minha cabeça:
“Instagram é vendido por US$1 bilhão para o Facebook com apenas 13 funcionários.”
Naquele momento, uma chave virou.
Eu percebi que não era sobre ter muitos recursos. Era sobre ter um modelo certo em um mercado escalável.
O padrão era claro:
As empresas que estavam se tornando unicórnios tinham 3 características em comum:
Escalabilidade global
Margens altíssimas (acima de 70%)
Modelo de negócio diferentes do que o mercado estava acostumado + o modelo de recorrência
Era isso que permitia ser agressivo no crescimento, reinvestir tudo em aquisição de usuários e escalar sem travas.
Foi com base nesses princípios que, em 2016, criei minha primeira plataforma de automação, com uma margem bruta inicial de cerca de 70%.
Fui agressivo.
Distribuí comissão, acima que o mercado estava acostumado.
Ganhei tração.
Em menos de 6 meses, bati meu primeiro milhão de reais.
Fazer R$1 milhão já me colocava acima de 99% dos negócios no Brasil.
Mas fazer R$1 bilhão ainda parecia uma realidade distante.
A virada veio quando essa plataforma se tornou a maior do mundo no seu segmento.
E com o resultado, veio o que eu não tinha antes: acesso.
Foi esse acesso que me tirou de Feira de Santana e me trouxe de volta para São Paulo em 2017.
Parecia que o mar tinha se aberto: as pessoas que eu acompanhava em matérias e vídeos, agora estavam sentadas comigo à mesa.
E foi aí que aprendi uma das maiores lições da minha vida empreendedora:
Quando você é muito bom em algo, ou constrói uma empresa referência nacional, as pessoas certas passam a te procurar.
Você começa a ser puxado para dentro dos grupos certos.
O mercado te reconhece.
E o ditado começa a fazer todo sentido:
“Tubarão nada com tubarão. Águia voa com águia.”
E foi a partir desses acessos que comecei a conhecer empresas com modelos completamente diferentes de tudo que eu tinha visto até então.
Empresas globais, com múltiplas fontes de receita, que não dependiam de um único produto ou canal para crescer.
Mas apesar das diferenças de setor, porte ou linguagem, todas tinham algo em comum: Elas testavam constantemente novos modelos de negócio.
E, paralelamente, testavam vários canais de vendas.
Era uma simbiose real entre esses dois pilares.
Um retroalimentava o outro, e, no final, o caixa da empresa era sempre o grande beneficiado.
Foi dessa observação que nasceu o meu primeiro framework:
Antes de virar uma metodologia estruturada, ele começou assim:
De um lado, os 17 formatos de monetização mais fáceis de testar.
Do outro, os principais canais de marketing e vendas que podiam ser ativados a depender do modelo escolhido.
Esses bullets resumem exatamente o que me guiou nos últimos anos para escalar receitas, criar recorrência e pensar negócios com visão global, que são a base de negócios que se tornaram bilionários:
FRAMEWORK | MODELOS DE MONETIZAÇÃO & CANAIS DE VENDAS
Os diferentes formatos de monetização permitem criar modelos de negócio diferenciados. Mas os diferentes modelos de negócio exigem canais de marketing pertinentes.
Modelos de Monetização:
Venda direta
Venda indireta
Assinatura / recorrência
Freemium + upsell
Marketplace
Comissionamento
Publicidade
Pay-per-use
Licenciamento / royalties
Franquia
White label / OEM
Super App
Data Monetization
Prestação de serviço
Leilão reverso / comparador
Agregação de demanda
Produto como serviço (PaaS / SaaS)
(Aqui estão algumas empresas que eu utilizei esse modelo, e algumas reconhecidas mundialmente)
E os Canais de Marketing e Vendas (por modelo):
B2B | B2C | X2X
Inbound Marketing (conteúdo)
Expert Communities (comunidades verticais)
Public Relations (RP e imprensa)
Social & Display Ads (mídia paga)
Internet Marketing (tráfego digital)
SEM/SEO (busca orgânica e paga)
One-to-One (prospecção direta)
Viral Marketing (alcance orgânico massivo)
Sales Teams (tele/vendas outbound)
Trade Shows (feiras e eventos)
Recommendations (sistemas automatizados)
Bots (autoatendimento e funis automatizados)
Esse modelo me ajudou a entender que:
Você não precisa de um produto novo. Você precisa de um modelo melhor e de canais mais inteligentes.
A partir disso, cada projeto que eu iniciava passava por esse mapeamento estratégico. Testava o modelo de monetização, associava aos canais certos e validava com volume (através de marketing digital, que será o tema de outra newsletter).
Foi assim que meus negócios passaram a escalar com consistência e margem.
Mas o que ninguém me contou nesse processo é que, antes de testar modelos de negócios para saber qual deles trará mais escala, você precisa ter frameworks replicáveis, estruturas que possam ser aplicadas em qualquer empresa, gerando resultados semelhantes.
Essa foi a vantagem de ter trabalhado minha vida inteira com tecnologia: consegui reconhecer padrões que me permitiram construir um verdadeiro “manual” com começo, meio e fim.
Foi isso que me levou a desenvolver um modelo onde eu consigo juntar todos os ingredientes certos do bolo antes de me preocupar com o acabamento, que, nesse caso, é a validação do modelo de negócio mais adequado para cada projeto.
Aqui vou passar por 5 etapas que considero simples de entender e que funcionam como base para tudo:
Business Model Canvas (BMC) – para estruturar sua ideia
Lean Startup – para testar a entrega com o menor risco possível
TAM-SAM-SOM – para entender se vale a pena escalar
Platform Business Model Canvas – para quem constrói plataformas ou marketplaces
Porter’s Five Forces (As 5 Forças de Porter) – para avaliar se você está em um setor saudável e competitivo
No fim das contas, são metodologias com frameworks prontos, que você pode executar de forma prática e estratégica, acelerando seus resultados.
Minha ideia aqui não é me aprofundar nessas metodologias, mas sim mostrar que, com essa base bem estruturada, fica muito mais fácil testar diversos modelos de negócio para descobrir qual se encaixa melhor com a sua empresa.
Quero também te mostrar que existem muito mais opções de modelos do que você provavelmente conhece ou utiliza hoje, e que, se forem testadas corretamente, podem, com o mesmo produto, mas com uma forma diferente de vender, fazer sua empresa ganhar escala global, se tornar líder de mercado e valer muito mais do que vale hoje.
Enquanto eu escrevia esse texto, passou um verdadeiro filme na minha cabeça, lembrando o quanto esse princípio se tornou óbvio para mim hoje, pois já faz parte da rotina dos meus negócios.
Mas o caminho até entender isso foram anos de tentativa e erro, muito investimento em mentorias, masterminds e conexões que a vida foi me trazendo.
Só que nada disso adiantaria se eu não colocasse em prática.
Porque nenhum plano resiste ao campo de batalha.
E eu tenho plena certeza: Sempre que você coloca algo em prática, as chances de dar errado são altíssimas. Mas quando você entende o fundamento, continua testando e melhorando o processo, no final, os resultados chegam.
Estou muito feliz por poder compartilhar com você a forma como eu penso negócios e os ensinamentos que me fizeram errar, aprender e acertar até construir grandes empresas.
Que Deus te abençoe.
Até o próximo texto.
Com carinho,
Jonathas Freitas
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